sexta-feira, 13 de março de 2015

Obid analisa indicadores do II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil (04/03/2015)





  • Tabela 1: Distribuição dos 7.939 entrevistados, segundo uso na vida, uso no ano e uso no mês de qualquer droga (exceto Tabaco e Álcool) nas 108 cidades com mais de 200 mil habitantes – 2005.
    Na vida
    No ano
    No mês
    22,80%
    10,30%
    4,50%


    De acordo com o II Levantamento Domiciliar, 22,8% da população pesquisada já fizeram uso na vida de drogas exceto tabaco e álcool, correspondendo a uma população de 10.746.991 pessoas. Em pesquisa semelhante realizada nos EUA, em 2004, essa porcentagem atinge 45,4% e no Chile 17,1%. A estimativa de dependentes de Álcool foi de 12,3% e de tabaco 10,1%, o que corresponde a populações de 5.799.005 e 4.700.635 de pessoas, respectivamente. Entretanto, é preciso levar em conta que os critérios do SAMHSA adotados no presente trabalho para diagnosticar dependência são menos rigorosos que os do DSM-III-R e os da CID-10 adotados pela OMS, fato que pode ter inflacionado os presentes achados de dependência.



    Tabela 2: Distribuição dos 7.939 entrevistados, segundo uso na vida, uso no ano e uso no mês das drogas mais usadas nas 108 cidades com mais de 200 mil habitantes – 2005.



    Na vida
    No ano
    No mês
    Maconha
    8,8
    2,6
    1,9
    Solventes
    6,1
    1,2
    0,4
    Benzodiazepínicos
    5,6
    2,1
    1,3
    Orexígenos
    4,1
    3,8
    0,1
    Estimulantes
    3,2
    0,7
    0,3
    Cocaína
    2,9
    0,7
    0,4
    Xaropes (codeína)
    1,9
    0,4
    0,2
    Opiáceos
    1,3
    0,5
    0,3
    Alucinógenos
    1,1
    0,32
    0,2
    Esteróides
    0,9
    0,2
    0,1
    Crack
    0,7
    0,1
    0,1
    Barbitúricos
    0,7
    0,2
    0,1
    Anticolinérgicos
    0,5
    0
    0
    Merla
    0,2
    0
    0
    Heroína
    0,1
    0
    0
    Álcool
    74,6
    49,8
    38,3
    Tabaco
    44
    19,2
    18,4



    O uso na vida de Maconha aparece em primeiro lugar entre as drogas ilícitas, com 8,8% dos entrevistados. Comparando-se esse resultado com outros estudos pode-se verificar que é bem menor que o de países, como EUA (40,2%), Reino Unido (30,8%), Dinamarca (24,3%), Espanha (22,2%) e Chile (22,4%). Mas superior à Bélgica (5,8%) e Colômbia (5,4%). A segunda droga com maior uso na vida (exceto tabaco e álcool), foi solvente (6,1%), porcentagem inferior à encontrada nos EUA (9,5%) e superior a países como Espanha (4,0%), Bélgica (3,0%) e Colômbia (1,4%).

    Tabela 3: Prevalências (em porcentagens) e população estimada com uso na vida de diferentes drogas psicotrópicas** (exceto Álcool e Tabaco) nas 108 cidades do Brasil com mais de 200 mil habitantes – 2005.

    A prevalência sobre o uso de Cocaína, Crack e Merla foi, respectivamente, 2,9%, 0,7%, 0,2%. Entre os medicamentos usados sem receita médica, os Benzodiazepínicos (ansiolíticos) tiveram uso na vida de 5,6%, porcentagem inferior à verificado nos EUA (8,3%). Quanto aos Estimulantes (medicamentos Anorexígenos), o uso na vida foi de 3,2%, porcentagem próxima a de vários países como Holanda, Espanha, Alemanha e Suécia, mas inferior aos EUA (6,6%).

    No Brasil, o uso na vida de Heroína foi de 0,09% (apenas sete entrevistados), cerca de 13 vezes menos que nos EUA (1,2%). Vale lembrar que a precisão da prevalência do uso na vida para Heroína foi muito baixa (ver Metodologia). Não houve relato do consumo de drogas injetáveis no Brasil.


    Comparativo 2001 e 2005: % de uso na vida, de qualquer droga.



    Publicação completa em: 

    http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/biblioteca/documentos/Publicacoes/Sem_logo/329783.zip

  • Autor:
  • Fonte: Obid http://www.obid.senad.gov.br/portais/OBID/index.php

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